Muita experiência na produção independente


Eduardo Weber | 18.03.2012
Nos anos 80, Mario Adnet criou a orquestra vocal “Céu da boca”, com a qual gravou dois LPs. Hoje, com 30 anos de carreira, assina 15 discos como intérprete, compositor, arranjador e produtor. Agora, lança um trabalho que traz a parte menos conhecida do poeta Vinícius de Moraes, a parceria com alguns dos mais importantes músicos do país: Claudio Santoro, Moacyr Santos, Pixinguinha e Baden Powell.

O CD “Mario Adnet, Vinícius e os Maestros” traz versos do poeta em músicas dos quatro mestres. Um trabalho conceitual, no qual Mario Adnet estabelece ligações musicais para suas escolhas: “Pixinguinha foi maestro de orquestra da rádio onde o spalla era Claudio Santoro, que veio a ser professor de Moacyr Santos, que por sua vez teve como aluno Baden Powell.“ ”Lembre-se”, “Acalanto da rosa”, “Lamento” e “Canto de Xangô” são músicas tocadas nesta edição e que reforçam as ligações feitas por Mario Adnet.

Nelson Ayres
é um dos mais ativos músicos de São Paulo. Formou várias big bands, compôs trilhas diversas, jingles insuspeitos e criou um dos mais respeitados grupos instrumentais da cidade, o “Pau Brasil”, ao lado de Roberto Sion e Paulo Belinatti. Além disso, gravou vários discos e foi o diretor artístico e regente titular da Orquestra Jazz Sinfônica.

Em seu novo trabalho, com piano, baixo e bateria, Nelson Ayres volta-se à formação iniciada na bossa nova, continuou na MPB e consagrou trios que se tornaram clássicos, como “Tamba”, “Jongo”, “Zimbo” e “Bossa 3”. Na volta de sua paixão original, o piano, Nelson Ayres está na companhia de Alberto Lucas (contrabaixo) e Ricardo Mosca (bateria) lançando o CD “Paixão”, cuja faixa título conta com a participação do cantor Renato Braz.

Nesta edição, Solano Ribeiro revela: “Lançada por mim em 1985 no Festival dos Festivais, que realizei para a TV Globo, Leila Pinheiro se tornou uma das grandes cantoras do país. Consagrada, se volta para suas origens e viaja pela música do norte, do Pará, como ela diz ‘rica e bela, como a floresta amazônica’.”

O trabalho que Solano se refere de Leila Pinheiro é seu novo disco, “Raiz”, cujo repertório é formado, entre outras, por “Eu agradeço ao céu” (Zeneida Lima), “Longe perto” (Nilton Chaves / Joãozinho Gomes), “Karissu murace” (Marco Bosco), “Ditados impopulares” (Elkiakin Rufino) e “Nosso ar” (Zeneida Lima), músicas que a cantora, nascida em Belém, se envolve e se deixa levar pela canção de sua terra natal, fazendo leitura com influências recebidas ao longo de sua carreira, por aqueles que amam o verde, amam a floresta, amam a vida.


  • Programa 287 (2012-03-19) - Parte 1
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Solano Ribeiro e a Nova Música do Brasil

Muita experiência na produção independente
Apresentado originalmente em 04 de março de 2012
Apresentação: Solano RibeiroDireção: Eduardo Weber




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