Indicação ao Grammy expõe prestígio de Antonio Adolfo no jazz dos EUA


MÚSICA


Para compositores e músicos brasileiros que erguem obra instrumental, há quem diga que o melhor caminho a seguir é aquele que teria sido apontado por Antonio Carlos Jobim (1927 – 1994): o que leva ao aeroporto. Tom, a rigor, nunca disse isso. Na verdade, a frase "A saída é o aeroporto" tem sido equivocadamente creditada ao maestro soberano. Mas a indicação de Antonio Adolfo ao Grammy 2018 na categoria Melhor Álbum de Jazz Latino – por conta de Hybrido – From Rio to Wayne Shorter, disco lançado em abril no Brasil e nos Estados Unidos pelo selo do artista, AAM – reitera o prestígio do pianista, compositor e arranjador carioca no universo do jazz dos EUA.

Aos 70 anos, Adolfo talvez nunca saboreasse esse reconhecimento se não tivesse entendido que o maior e mais receptivo mercado para a música instrumental é o dos Estados Unidos. O artista  nunca se desligou do Brasil, mas passou a viver na ponte entre Estados Unidos e a cidade do Rio de Janeiro (RJ), onde mantém o Centro Musical Antonio Adolfo, instituição voltada para jovens instrumentistas, e onde eventualmente faz concorridos shows como a apresentação que agitou o Blue Note Rio neste mês de novembro de 2017.

É nessa ponte musical, aliás, que transita o álbum Hybrido – From Rio to Wayne Shorter, que já tinha sido indicado ao 18º Grammy Latino na mesma categoria  de jazz latino. Ao saudar o saxofonista norte-americano de jazz Wayne Shorter, o pianista carioca mistura ritmos brasileiros com o jazz, em autêntico e refinado álbum de jazz latino.

(Crédito da imagem: Antonio Adolfo em foto de divulgação de Rodrigo Lopes)

MAURO FERREIRA

G1

http://g1.globo.com/

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