Para Todos: Bons e Baratos
- Primeiro eles resolveram o problema da lei do mais forte baseado na estatura física: Inventaram a pólvora e todos tornaram-se iguais perante a estatura e diferentes mediante o poder de fogo. Agora, ao fabricar instrumentos musicais e vendê-los a baixo custo em todos os mercados do planeta, eles resolvem o problema de acesso da população de baixa renda ao mundo sonoro dos instrumentos musicais.
É notório entre os consumidores que hoje existem uma grande oferta de instrumentos musicais (cordas, sopro, percussão e eletrônicos), disponíveis nas lojas do gênero. São diversas marcas novas expostas nas lojas: Michael, dovi, shelter, etc. Não importa o quão europeu ou americano seus nomes soem; eles tem uma origem em comum: made in China.
Até bem pouco tempo atrás, mais ou menos uns 5 a 10 anos, existia um certo dissabor quando mencionava-se a origem de um instrumento musical como Chinês. Hoje, após praticamente o núcleo de produção da Lutheria mundial ter deslocado-se das tradições Européias para a China esse conceito mudou radicalmente.
- Nos últimos anos o mercado mundial de instrumentos musicais foi tomado de assalto, principalmente quanto aos instrumentos especiais para alunos no nível elementar – graças a uma combinação de uma série de melhorias na qualidade, bem como os baixos preços de venda.
Saxofone Tenor chinês importado - demostração
De fato, a importação e comércio de instrumentos chineses se tornou um negócio tão amplo, que é praticamente impossível dizer todos as marcas sob as quais os mesmos são vendidos. Vários destes instrumentos saem da China sem uma marca; e os distribuidores e lojas colocam uma marca nele que sugestionem sua origem.
Algumas lojas se dão ao trabalho de customização do instrumento. Algumas irão comprá-los e terão todo o trabalho de envernizá-los e regulá-los. Outras irão harmonizá-los. E outras simplesmente farão a aplicação de uma etiqueta e instalarão as cordas. Uma vez que tais etiquetas estejam no lugar; será virtualmente impossível rastrear sua origem.
- Existem muitos Luthiers que costumam importar o instrumento cru da China e fazem o acabamento em seus próprios Ateliês. Esta prática permite por exemplo, que um Luthier na Alemanha afirme que a origem de tal instrumento é Alemã, visto que 40% do trabalho – o mínimo legal – é feito lá.
Guitarra modelo Gilbson importada da China
A Mudança.
Não muito tempo atrás, os instrumentos Chineses ganharam a reputação de instrumentos que não eram muito melhores do que lenha para fogueira. O enorme aumento da qualidade deles é um exemplo claro de como o advento da economia de livre mercado bem como a globalização na China, mudou tanto a industria Chinesa e o comércio ocidental.
- No passado, as fábricas de instrumentos na China eram dirigidas e controladas pelo Partido Comunista, que, como é de se imaginar, não entendem nada de instrumentos musicais. Por isto a qualidade tão pobre da produção inicial, anos atrás.
No entanto, com a abertura do mercado bem como as reformas políticas e econômicas do país, tais empresas foram obrigadas a se adequar e começar a gerar lucro – imposto pelo governo – até o ano 2003. Tal mudança se deu de uma maneira impressionante tanto na qualidade bem como com os preços acessiveis. Eles iniciaram uma escalada na qualidade de seu produto e conseguiram manter os preços bastante baixos. Para os estudantes iniciantes é a melhor opção, pois você pode comprar instrumentos tão bons quanto os Europeus, por algumas centenas de dólares.”
A aceitação dos instrumentos chineses tem se tornado cada vez maior de maneira consistente; um fato novo que está afetando a todos os fabricantes, mas que também está mostrando resultados benéficos em uma nova geração de aspirantes a estudar um instrumentos musical. Existem poucas dúvidas que em um médio período de tempo, esta boa qualidade irá também se estender para instrumentos para estudantes médios e avançados.
- Por causa da existência dos instrumentos chineses bons e baratos, o numero de jovens que iniciam seus estudos em um instrumento musical, tem se multiplicado nos últimos anos
Rocha Sousa.
Comentários
Postar um comentário