Programação da Osesp para 2011 inclui regentes de peso, turnê nacional e homenagem a Mahler

IRINEU FRANCO PERPETUO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
"Oitava Sinfonia" de Mahler, turnê brasileira, recitais com pianistas de destaque, regentes convidados de peso: a Osesp anuncia ambiciosa temporada para 2011.
"É uma programação tão ou mais rica do que a de 2010, com vários regentes de grande prestígio internacional", afirma Arthur Nestrovski, diretor artístico da orquestra.
"Buscamos variedade de períodos e estilos, contemplando as grandes obras do cânone, mas também abrindo espaço para a inovação."
A abertura da temporada, em 17 de março, traz a "Nona Sinfonia", de Beethoven, com o regente espanhol Rafael Frühbeck de Burgos, 77, que já esteve diversas vezes em São Paulo, à frente de orquestras europeias, mas jamais havia dirigido a Osesp.
O russo Vassili Petrenko, 34, nome em ascensão no cenário da regência, apresenta-se em outubro com a pianista Maria João Pires.
E a orquestra volta a tocar sob a batuta de maestros que fizeram sucesso em 2010, como o israelense Pinchas Zukerman, que realiza o concerto de abertura do Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, e o estoniano Kristjan Järvi.
Karime Xavier/Folhapress
O regente Yan Pascal Tortelier ensaia a Orquestra Sinfonica do Estado de São Paulo (Osesp) na sala São Paulo
O regente Yan Pascal Tortelier ensaia a Orquestra Sinfonica do Estado de São Paulo (Osesp) na sala São Paulo
MAHLER
Homenageando o centenário de falecimento do compositor, a temporada terá ainda a continuidade da integral sinfônica de Gustav Mahler (1860-1911), iniciada neste ano.
O item mais alentado é a "Sinfonia nº 8", conhecida como "dos mil", devido ao elevado número de executantes que demanda, entre solistas vocais, coralistas e instrumentistas. Ela será regida em outubro pelo veterano maestro russo Guennadi Rojdestvenski, 79.
O paulista Isaac Karabtchevsky rege a "Nona Sinfonia" de Mahler, ficando a "Quinta Sinfonia" a cargo de Marin Alsop.
Integrante da segunda parte da turnê brasileira que a orquestra faz em outubro e novembro, a "Segunda Sinfonia" do compositor austríaco ("Ressurreição") é dirigida pela emergente mexicana Alondra de la Parra.
Além de tocar com a orquestra, quatro pianistas aclamados no cenário internacional farão recitais solo na Sala São Paulo: Angela Hewitt, Yuja Wang, Stephen Hough e Steven Osborne.
O compositor contemporâneo destacado pela Osesp é o britânico Thomas Adès, 39, que rege a orquestra em novembro. Além disso, a temporada terá um "compositor transversal", com várias criações executadas ao longo de todo o ano: o estoniano Arvo Pärt, 75.
Apesar dos rumores de desgaste de sua relação com a Osesp, o regente francês Yan Pascal Tortelier, 67, segue à frente do grupo, dirigindo sete programas que incluem a primeira parte da turnê brasileira.
"Rumores aparecem em todo lugar e, infelizmente, São Paulo não é exceção", afirma Tortelier.
"A orquestra passou por tempos difíceis e tivemos que fazer alguns ajustes, mais psicológicos do que qualquer outra coisa. Venha à Sala São Paulo e ouça o resultado. Como um músico da orquestra me disse, se fossemos ouvir todos os rumores, nem existiria uma Osesp."
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