ÉPOCAS DA HISTÓRIA MUSICAL BRASILEIRA 1.900

1912 – Dixieland nos Estados Unidos

Entre 1912 e 1920, o Dixieland esteve presente nos Estados Unidos, mas precisamente em Chicago, com uma instrumentação composta por baixo acústico, banjo, sopros e percussão. O estilo teve duas bandas que marcaram a história: Original Dixieland Jazz Band e a New Orleans Rhythm Kings, sendo que a primeira lançou King Oliver (1885 – 1938).

Paralelamente a isso, surgiu em 1910, outra corrente no jazz, New Orleans, que trazia uma sonoridade mais moderna para a música popular americana, onde King Oliver se destacou com o grupo Original Creole Jazz Band, onde apareceu Louis Armstrong (1901 – 1971).
No Brasil, em 1895, Chiquinha Gonzaga compôs as músicas para a peça “Zizinha Maxixe”, da Companhia “Teatro Éden Lavradio”. Entre as 23 músicas estava “Costa-Jaca/Gaúcho”, que compunha o terceiro e último ato.
Em 1914, o Presidente do Brasil Hermes da Fonseca ofereceu uma festa no Palácio do Catete e a primeira-dama, Nair de Teffé mandou que executassem a música de Chiquinha Gonzaga, que ela tomou conhecimento através de seu professor de violão Emílio Pereira. Alguns musicólogos afirmam que esta foi a primeira vez que a música popular brasileira esteve presente oficialmente dentro do Palácio do Catete.

1915 - Ernesto Nazareth compôs o tango “Apanhei-te Cavaquinho!”. Apesar do nome, esta música não foi escrita para cavaquinho e sim, para piano. Nela, o compositor utilizou as notas mais agudas do piano para reproduzir o som do cavaquinho. Entre 1917 e 18, Nazareth voltou a tocar no cinema Odeon.

1917 – “Pelo Telefone” - O primeiro samba gravado

Em 1917, o compositor Zequinha de Abreu (1880 – 1935) lançou uma das músicas mais famosas até os dias atuais, “Tico Tico no Fubá”. Neste mesmo ano, foi gravado o primeiro samba, “Pelo Telefone”, por Donga e Mauro de Almeida. O samba foi muito propagado na Casa da Tia Ciata, localizada na Praça Onze, no Rio de Janeiro, onde os se concentravam diversas manifestações da música popular. A canção “Pelo Telefone” foi o sucesso do carnaval daquele ano.
1917 - Chiquinha Gonzaga conseguiu a aprovação da sede da Associação Brasileira de Imprensa da SBAT (Sociedade Brasileira de Autores Teatrais) para garantir os direitos autorais dos autores. Ela tomou esta iniciativa depois de descobrir que suas músicas, assim como de outros autores, faziam sucesso pela Europa e ela não recebia nada de direito autoral.

1917 – Villa-Lobos compôs o poema sinfônico “Uirapuru” a partir de temas folclóricos.
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