O HINO NACIONAL

Houve sérias controvérsias quanto à época da composição do Hino Nacional; por isso teve diversas denominações antes de chegar a se chamar “Hino Nacional” tais como: Hino 7 de abril, Marcha Triunfal e por fim, Hino NacionalSegundo pesquisas de Agostinho D. N. Almeida, podemos afirmar que de fato, o Hino Nacional foi composto em 1822, data da Independência e só foi reconhecido em 1890 como Hino Nacional.A letra foi escrita por Joaquim Osório Duque Estrada e a música por Francisco Manuel da Silva.
Proclamada a República, por determinação do Governo Provisório de Deodoro da Fonseca, promoveu-se o Grande Concurso para o Hino Nacional.Figuras importantes tomaram parte: Leopoldo Miguez, Alberto Nepomuceno, Francisco Braga e outros, ao todo 36 candidatos, coube a vitória a Leopoldo Miguez.Entretanto, o povo inconformado com a escolha, considerando-se a popularidade do Hino de Joaquim Osório e Francisco Manuel da Silva, bradava em uníssono: “O Hino Nacional”, “O Hino Nacional!”. Foi então que Deodoro da Fonseca, emocionado, exclama: “Prefiro o velho!” E publica o Decreto 171, de 20/01/1890:
– “Art. 1º – É conservada para todos os efeitos como Hino Nacional a composição musical de Francisco Manuel da Silva”.
Por sua vez, a música de Leopoldo Miguez passou a ser considerada como Hino da Proclamação da República.
Um resumo sobre a biografia dos dois compositores do hino Nacional.
JOAQUIM OSÓRIO DUQUE ESTRADA (1870 - 1927)
Nasceu na cidade de Vassouras, estado do Rio de Janeiro a 22 de abril de 1870.Poeta e prosador, historiador e jornalista de renome, bacharelou-se em Letras pelo Colégio D. Pedro II. Ingressou na Academia Brasileira de Letras, quando da vaga deixada por Sílvio Romero em 1915.
Dentre suas obras notáveis, destacamos: A arte de fazer versos, Gramática Portuguesa, Questões de Português, Parnaso Infantil, Noções de História do Brasil, e outras obras, além de conferência, crítica e teatro. Incansável mestre de gerações até o fim de sua vida! Quando faleceu, a 6 de fevereiro de 1927, lecionava na Escola Normal do Rio de Janeiro e exercia o cargo de examinador no Colégio D. Pedro II.
FRANCISCO MANUEL DA SILVA
Discípulo do Padre José Maurício e de Sigismundo Neukomm, dedicou-se ao violoncelo, violino, piano e harmonia, sendo integrante da Orquestra Real de Câmara como violoncelista e depois violinista. Professor de piano, canto e violino, a ele se deve a fundação do Conservatório de Música, a primeira instituição do gênero aqui no Brasil.Criou igualmente a Sociedade Beneficente Musical, sociedade e protetora do patrimônio artístico.Publicou uma porção de obras: 3 Compêndios de Música, 1 Te-Deum, 3 Matinas, o drama lírico O Prestígio da Lei, Hino da Coroação, Hino à Guerra, Hino às Artes, Hino Nacional Brasileiro e outras obras. Organizou concertos e apresentações inúmeras. Graças a ele, muita boa música foi divulgada, e valores novos surgiram no cenário musical nacional.Patrono da cadeira nº 8 da Academia Brasileira de Música.
Algumas curiosidades sobre o Hino Nacional
Essas regras são na sua maioria integrantes de um artigo de Lei nº 5.700 de 01/08/1971
– O Hino Nacional será sempre executado em andamento metronômico de uma semínima igual a 120 (cento e vinte bpm’s);
– É obrigatório a tonalidade de Bb para a execução instrumental simples; Mais tarde, viriam adaptações vocais que dariam a tonalidade de F ao Hino Nacional;
– O canto será sempre em uníssono;
– Nos casos de simples execução instrumental, será tocado a melodia integralmente, porém, sem repetição; nos casos de execução vocal, serão sempre entoadas as duas partes do poema;
– Nas continências ao Presidente da República, para fins exclusivos do Cerimonial Militar, serão executados apenas a Introdução e os acordes finais, conforme a regulamentação específica.
JONATAS TERCEIRO – Músico, Arranjador e Diretor da Editora Primórdios.
BibliografiaEnciclopédia Atenas de Educação Básica
* copilado do (MUITO BOM) portal OUTROS VENTOS.

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